Começo com uma pergunta: As ditas "fortes evidências de que o
substrato neurobiológico para a orientação sexual já está presente nos
primeiros anos de vida" de que falou alguém, para justificar a congenitalidade
da homossexualidade, existem também nos nossos animais domésticos e selvagens
(ex.: leão com leão, leoa com leoa, cadela com cadela, cão com cão, galo com
galo, galinha com galinha)? Se sim, ao menos nós homens e mulheres, podemos
desfrutar da nossa vantagem racional para orientar a nossa tendência sexual a
pessoas do mesmo sexo para relações normais homem-mulher. Será que a nossa
racionalidade vendêmo-la
aos animais? É verdade que existem, assim como existiram nas sociedades
antigas, pessoas com tendências homossexuais ou simplesmente com fortes tiques
ou gostos femininos (no caso de homens) e masculinos ( no caso de mulheres) mas
que vivem tranquilamente essa tendência em lares felizes (marido, esposa e
filhos) – mesmo que admitamos que tenham existido na história da humanidade
casos raros de relações homossexuais propriamente ditas - porque a educação e o meio os ajudou a
crescer na tomada de consciência da sua identidade e diferenciação sexual.
Tendência não é estado; é uma possibilidade, portanto pode ser orientada para a
mudança através da educação à assumpção da própria identidade sexual..., o que
seria um processo de crescimento normal para os humanos racionais. Até a pessoa
que nasce com o mais difìcil carácter possível, em termos psicológicos, pode se
transformar em individuo com comportamento louvável, se cresce num ambiente em
que lhe seja oferecida uma educação à altura. Ora essa: alguém tem tendência à
droga, ao álcool, alguém é tendeciosamente violento, passamos-lhe o certificado
de ter o direito à sua afirmação na sociedade como tal, só porque alguém disse
e justificou com estudos científicos sem rigor nem
imparcialidade – muito menos com objectivos civilizados – que tal sujeito já
nasceu com essa tendência... Francamente! Mais uma prova da nossa falta de
capacidade de análise crítica do que vem sendo dito e feito pelo mundo, sem
contextualizá-lo no meio em que é feito e dito nem enquadrá-lo no nosso próprio
tempo e espaço com sabedoria e em beneficio do nosso desenvolvimento, preferindo
ir atrás de frivolidades como se não tivêssemos muitos problemas sérios por
resolver a nível sócio-político, religioso-moral, pedagógico, económico, jurídico,
etc.
De salientar que responsável pela
eliminação da homossexualidade do elenco dos distúrbios ou desvios foi a APA (American Psychiatric Association) em
1994, na 4ª Edição do “Diagnostic and
Statistical Manual of Mental Disorders” conhecido como DSM4, fruto não de uma investigação
científica aprofundada empírica e metodologicamente mas sim de uma decisão
dessa Associação, votada à mão levantada depois de discussões dos vários pontos
de vista, segundo a experiência de cada especialista associado. Passou-se
assim, de uma distração e desatenção com relação a um problema que afectava
algumas passoas, à teorização do “gender”, da homossexualidade, aos lobby gay e
outras perversidades afins já não como uma orientação sexual mas como uma
ideologia, apoiada e financiada por agências, instituições e pessoas empenhadas
com suor no rosto ao controlo da natalidade sob capa da defesa dos direitos das
minorias!
Segundo o Prof. Tony Anatrella, psicanalista francês
de fama internacional, especialista em psiquiatria social, docente nas
Faculdades livres de filosofia e psicologia de Paris e no Collège des
Bernardins «a mentalidade narcisística, que
recusa a alteridade como elemento necessário ao complemento do homem e da mulher,
favorece a homossexualidade. [Em muitos Países, sobretudo Ocidentais] aumentam
os comportamentos homossexuais porque a sociedade, em vez de favorecer a
aceitação humana do próprio sexo primeiro e depois a do sexo oposto, favorece a
regressão à fase infantil da sexualidade em que não se reconhece a alteridade
como positiva. Mas se a criança não é ajudada a superar-se a si mesma e a sair
das fases infantis, como por exemplo a fase anal, para além da homossexualidade
pode incorrer em outros problemas muito sérios. O homem e a mulher desenvolvem
a sua personalidade interiorizando o próprio corpo sexuado durante a infância e
a adolescência. Quando isto não acontece, os sujeitos não aceitam o próprio
corpo real, identificando-se desse modo com outro corpo que não corresponde à
sua realidade pessoal: o corpo imaginado é diferente do corpo real» (Anatrella,
La
théorie du genre et l'origine de l'homosexualité, 2012). E esta frustração leva a
cirurgias para mudança de sexo que temos vindo a assistir, com a consequente
exibição infantil do assim chamado novo género ou novo corpo que, certamente, não
destrói as suas reais hormonas correspondentes ao seu sexo “original”. E como o
reverso fica mais complicado, não lhe resta mesmo senão continuar a tocar
campainhas para que encontre apoio da sociedade.
Que a dignidade dos homossexuais seja respeitada como a de qualquer pessoa,
não tenho nada contra; mas
que as suas práticas
sejam importadas, incentivadas e apoiadas em detrimento dos valores intrínsecos à normal condição humana/familiar e inerentes à cultura e
aos bons costumes da minha Angola, então digo: não,
obrigado!; prefiro ser chamado homófobo, mesmo que não o
seja!
Por isso é
importante, antes de tudo, recuperar os nossos valores culturais e criar um
ambiente e condições para que esses valores sejam transmitidos e assimilados. O
problema mesmo na nossa coitada Angola é que tudo o que vem do estrangeiro,
sobretudo se for brasileiro e extravagante, consideramo-lo novidade e
desenvolvimento, enquanto os nossos valores culturais são tidos como atraso!